Desastres Naturais - De quem é a culpa?




Desde 2000, as Nações Unidas lançaram a Estratégia Internacional para a Redução de Desastres (ISDR) para dirigir-se às causas subjacentes da vulnerabilidade e para construir comunidades resistentes a desastres promovendo o aumento na consciência das pessoas para a importância da redução de desastres como um componente integral de um desenvolvimento sustentável com o objetivo de reduzir as perdas humanas, sociais, econômicas e ambientais devido aos perigos de todos os tipos.

O cenário natural do Brasil, tradicionalmente famoso por quase não ser acometido por desastres como terremotos, maremotos, tufões e tornados, vem mudando recentemente, desde que se registrou no mundo que a temperatura global tem aumentado, em função das mudanças climáticas. Hoje, principalmente no verão, já é realidade ocorrências como enchentes de grandes proporções, que terminam em deslizamentos de terra, inundação de cidades e, não só com perdas materiais, mas registram-se mortes e vê-se famílias inteiras desabrigadas.

O que fazer em caso de enchentes? E com relação aos deslizamentos de terra, ou chuvas com ventos fortes, como agir nessas situações? No Brasil, as principais causas relativas aos desastres naturais são de ordem climática, incluindo as fortes chuvas e suas inevitáveis consequências, como as inundações, tempestades de raio e deslizamento de terra. Para saber que procedimentos a população deve seguir em situações de risco, o site do
Globo Ecologia conversou com o coronel Sérgio Simões, secretário de Estado de Defesa Civil e Comandante-Geral do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro. Lembre-se, em caso de emergência, uma das primeiras coisas a fazer é entrar em contato com o Corpo de Bombeiros pelo telefone 193, ou com a Defesa Civil de seu município.

Como o cidadão deve proceder em caso de enchentes? Fique atento às previsões e aos comunicados das autoridades, especialmente da Defesa Civil. De forma geral, é importante manter-se longe dos locais baixos, onde exista um histórico de acúmulo de águas de chuvas. Se possível, fique onde você já está, e evite deslocamentos sem que haja real necessidade. Escolha um local, previsto anteriormente, que seja seguro, onde você e sua família possam se alojar no caso de uma enchente.
Caso o local no qual esteja comece a encher, busque um ambiente seguro, de preferência deslocando-se em grupo. Durante esse deslocamento em áreas cheias, mantenha os calçados nos pés, eles previnem ferimentos e contaminações. Nunca volte a um local inundado, ou se coloque em risco para resgatar bens. Lembre-se de que o maior bem é a sua vida. Se precisar de algo que ficou em casa, peça ajuda à Defesa Civil, ou ao Corpo de Bombeiros.
Não deixe crianças sozinhas trancadas em casa e  mantenha sempre à mão água potável, roupa e remédios para o caso de ter que sair rapidamente de sua casa. Conheça o centro de saúde mais próximo da sua residência, pode ser necessário. Como medidas preventivas, recomendamos não jogar lixo em terrenos baldios, ou na rua. Da mesma forma, não descarte sedimentos, troncos, móveis, ou quaisquer materiais no leito dos rios. Todas essas ações agravam os fenômenos naturais associados às enchentes.

O que fazer após as inundações? Após a inundação, podemos adotar as seguintes medidas: enterre animais mortos e limpe os escombros e lama deixados pela inundação, lave e desinfete os objetos que tiveram contato com as águas da enchente, retire todo o lixo da casa e do quintal e o coloque para a limpeza pública, raspe toda a lama e o lixo do chão, das paredes, dos móveis e utensílios e não consuma alimentos que tiveram contato com ela. Além disso, observe se sua casa corre o risco de desabar

Como é possível prever que uma chuva ocasionará enchentes? Quando sair do trabalho, ou de casa, com segurança?- Infelizmente, as enchentes nem sempre ocorrem esperadamente. Entretanto, recomendamos atenção à previsão do tempo, especialmente no verão, época em que as tempestades costumam ser mais severas. Se você percebe que uma tempestade está se formando ou já começou, evite deslocar-se.

Se um cidadão está preso com o seu carro no trânsito e a rua começa a encher, o que fazer?- Depende muito da situação. Como regra geral, devemos abandonar o veículo e buscar um local seguro. Mas, se houver uma correnteza muito forte do lado de fora e o veículo estiver estável, pode ser melhor se abrigar nele. De qualquer forma, acione o Corpo de Bombeiros e peça ajuda às pessoas que, porventura, estejam próximas.


E qual é o melhor momento para abandonar o veículo e procurar ajuda?- Avalie se você consegue buscar um local seguro sem se expor a um grande risco de afogamento, ou de ser arrastado por uma correnteza. O melhor momento para abandonar o veículo é antes que o nível da água suba muito. Se a água está no joelho, já há perigo se ser arrastado. Na dúvida, abandone logo o veículo. Pense sempre: “Se continuar chovendo, como estará a situação daqui a uma hora?”.


No caso de enxurradas, o que a pessoa deve fazer?- Os procedimentos são similares àqueles recomendados para enchentes. Entretanto, o cuidado deve ser maior, pois as correntezas são mais severas. Nem sempre a correnteza é visível. Em alguns casos, a superfície parece estável, mas existe um fluxo intenso de água. A regra é só se deslocar em caso de extrema necessidade.

Durante as enchentes, é seguro ficar dentro de ônibus?- O ônibus, por ser mais pesado que um automóvel normal, é mais estável. Entretanto, também pode ser arrastado por uma correnteza de grandes proporções. O ideal é que se saia do ônibus e busque local seguro, assim como no caso do automóvel.



O que as pessoas que moram nas áreas de risco devem fazer em caso de chuva forte?- Quando a comunidade possui sistema de alerta e alarme por sirene, fique atento às mesmas e siga as diretrizes da Defesa Civil. Se a chuva ficar muito intensa e você estiver em dúvida se o local está comprometido, retire-se para um ambiente seguro.

Em área de risco, desligar gás e luz das casas faz sentido? Quais seriam as outras recomendações?- Em uma situação de emergência, quando se vai abandonar a residência, é recomendável desligar a luz e fechar o registro de gás e água. Caso seja possível, feche bem as portas e janelas. A recomendação mais importante é não hesitar, em hipótese alguma, em deixar a casa. Muitas pessoas são vitimadas por insistirem em permanecer em suas casas, ou mesmo por voltarem para buscar pertences.

O que fazer em casos de deslizamentos de terra?- Os deslizamentos são responsáveis por inúmeras vítimas fatais e grandes prejuízos materiais. Se você está morando em uma área de risco, tenha ciência do plano de evacuação, pois ele pode salvar a sua vida e a de seus vizinhos. Caso a localidade onde a pessoa more ainda não tenha esse plano, converse com o prefeito, ou o coordenador de Defesa Civil Municipal. No caso de ocorrer um deslizamento de terra, retire-se imediatamente da região e acione o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil. Lembre-se de que a área de deslizamento é instável e novos escorregamentos de terra podem acontecer. São indicativos de deslizamento iminente o aparecimento de fendas, depressões no terreno, rachaduras nas paredes das casas, inclinação de tronco de árvores, de postes e o surgimento de minas d’água.

Se a casa do vizinho desabou, o que deve ser feito: socorrer ou chamar ajuda?- Acione de imediato o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil. A área de deslizamento é muito instável, então não é seguro ficar no local. Siga sempre as orientações dos agentes de Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros.

Quais medidas podem ser tomadas para evitar deslizamentos?- Como medida preventiva, chamamos atenção para os seguintes pontos: é fundamental que a população não construa moradias em áreas de risco, ou seja, locais acima ou abaixo de barrancos que possam deslizar. Não se deixe enganar por promessas fáceis e ilusórias para obter um lote, ou uma casa, em morros, ou áreas de risco. Os perigos de desastres são muito altos. Se perceber que uma moradia está construída ou sendo erguida em área de risco, informe isso à Defesa Civil Municipal e procure conscientizar o morador do perigo a que ele está se expondo.


Além disso, não desmate morros e encostas para assentamento de casas e outras construções; tampouco destrua a vegetação dessas localidades. Conserte vazamentos de água o mais rápido possível. Não deixar a água escorrendo pelo chão, pois isso fragiliza o solo. Não amontoe sujeira e lixo em lugares inclinados porque eles entopem a saída de água e também desestabilizam os terrenos provocando deslizamentos. Da mesma forma, não jogue lixo em vias públicas, ou barreiras, pois ele aumenta o peso e o perigo de deslizamento. Jogue o lixo e entulho em latas, ou cestos apropriados.

Não faça cortes nos terrenos de encostas sem licença da prefeitura, para evitar o agravamento da declividade. Em morros e encostas, não plante vegetais de raízes curtas, porque eles aumentam os riscos de deslizamentos. São exemplos de vegetais que não devem ser plantados em morros e encostas: mamão, fruta-pão, jambo, coco, banana, jaca e árvores grandes.
Recomenda-se plantar determinados vegetais para que a terra não seja carregada pela água da chuva. Perto das casas podem ser cultivadas pequenas fruteiras, plantas medicinais e de jardim, tais como: goiaba, pitanga, carambola, laranja, limão, pinha, acerola, urucum, jasmim, rosa, pata-de-vaca, hortelã, cidreira, boldo e capim santo. Nas encostas pode-se plantar: capim braquiária, capim gordura, capim-de-burro, capim sândalo, capim gengibre, grama germuda, capim chorão, grama pé-de-galinha, grama forquilha e grama batatais.

O que fazer em caso de furacão ou tempestade tropical com ventos fortes?- Antes da ocorrência dos vendavais, recomenda-se revisar a resistência de sua casa, especialmente a estrutura de apoio do telhado. No caso de furacão, o ideal é possuir abrigo subterrâneo. Nas tempestades com ventos fortes, recomendamos buscar abrigo no interior das construções de alvenaria, ficando longe das janelas ou objetos que possam ser projetados com o vento. Desça também para o piso todos os objetos que possam cair.

Em caso de chuva com raios, que recomendações seguir?- Para não ser atingido por raios, recomendamos evitar lugares que ofereçam baixa proteção, tais como celeiros, tendas, barracos, ou veículos sem capota, incluindo tratores, motocicletas ou bicicletas. É preciso também não estacionar próximo a linhas de energia elétrica e árvores, evitando abrigar-se embaixo delas. Afaste-se de estruturas altas, tais como torres, linhas telefônicas e de energia elétrica e não permaneça em áreas abertas, como campos de futebol, quadras de tênis, estacionamentos, alto de morros, topo de prédios, cercas de arame, varais metálicos e trilhos. Quando dentro de casa, não use o telefone com fio, não fique próximo a tomadas, canos, janelas, portas metálicas, ou equipamentos elétricos ligados na tomada.



Como o cidadão pode acompanhar os alertas emitidos pelas autoridades?- Pela televisão, rádio e, principalmente, por meio dos alertas e alarmes do sistema de sirenes. Além disso, os líderes comunitários capacitados pela Defesa Civil também auxiliam no processo de difusão de informações.


Todos esses recursos foram integrados dentro do Programa de Proteção e Preparação de Comunidades Contra Desastres Naturais para que a população receba os alertas e alarmes no momento de necessidade. As condições climáticas são monitoradas com o auxílio dos órgãos citados. Os agentes de defesa civil especializados em gestão de desastres avaliam esses dados e, quando necessário, enviam alertas às comunidades afetadas. Se a ocorrência evoluir, são disparados os alarmes. A partir daí, os agentes capacitados pela Defesa Civil iniciam o procedimento de evacuação, deslocando a população para os pontos de apoio.

Fonte: www.globoecologia.com.br
Imagens: www.google.com.br

Essa foi minha participação para a Blogagem Coletiva Teia Ambiental
Venha fazer parte também, para saber mais detalhes clique AQUI



12 comentários:

Catarina postou o comentário número:

Todos nós temos um pouquinho de culpa... depois a Natureza se encarrega do resto. Não será?
Abraço

Miminhos da Mito postou o comentário número:

Olá

A culpa é de todos nós e depois a mãe natureza não perdoa, obrigada pelas dicas :)

Bjs

Entre tachos e a bimby postou o comentário número:

Josy minha querida, a culpa nos cabe a nós, hoje se calhar bem mais prudentes devido aos avisos que vamos tendo, mas eu lembro ler nas historias da Mafalda da quino, que vc deve conhecer, em que eles ja diziam que a chegada do homem á lua tinha virado o mundo, eu na altura ria... mas hoje nao vou dizer que o homem ter chegado á lua provocou as catástrofes, mas a industrialiaçao, o excesso de carros nas estradas os diversos poluentes que saem das chamines das fabricas, os incendos grande parte deles provocados pelo homem... tudo isso faz parte das alteraçoes que o nosso planeta está a sofrer... Um dia perguntaram a Jesus:"quando o homem souber mais que tu, como vai ser? - quando o homem achar que é mais esperto que eu, entao eu mudo-lhe os tempos e troco-lhe os ventos"


Beijocas

Guloso e Saudável postou o comentário número:

Olá Josy,
Já assisti algumas enchentes, nesses momentos tenho seguido as orientações da televisão e rádio, nunca ouvi sirenes...
Este post é muito útil, contendo informações e orientações muito importantes.
Beijo,
Vânia

Unknown postou o comentário número:

Que nesse final de semana cheio de alegria
pelo dia dos pais, quero desejar a vc que é
Pai ou tem um Maravilhoso, toda felicidade
Parabenizar ou elogiar o que vemos de melhor
e deixar nossa amizade mais firme
Deixo um abraço carinhoso
Bjuss
Rita!!!!

Uma postagem triste, mas é a realidade!!

Carminha Lyra Andrade postou o comentário número:

Acho que de um certo modo, a culpa é toda nossa ...
Uma pena!
Mas talvez se todos tivessem a consicencia, seria um mundo diferente.

Bjs

Brechique da Dodoca postou o comentário número:

Oi, minha querida amiga,
Postagem muito boa!
Uma enchente é devastadora e quem já esteve próximo a ela, como eu, não a esquece jamais!
Cada vez que a minha filha diz que está chovendo lá na serra, meu coração aqui fica apertado feito uma noz! Foi duro presenciar o durante e o depois, ver a terra rasgada como carne exposta em feridas, lugares ermos onde havia moradias... é tenebroso e inesquecível!
Alguns se expuseram por construírem em áreas de risco, mas muitos que foram, ouso dizer, foi somente pela vontade do Criador. Para mim, não tem outra explicação!
Bjssssssssss, quérida e que Deus nos abençoe a qualquer tempo!

luci postou o comentário número:

Muito bom o seu post amiga,bom domingo beijos

Danni e Lype postou o comentário número:

Querida Josy,
Infelizmente a culpa é nossa!!! A natureza somente responde as nossas atitudes...
Parabéns pelo post!!! ADOREI!!!
Passei para desejar um ótimo domingo e feliz dia dos pais...
Beijos, Irene

patiabeija-flor postou o comentário número:

Minha amiga Josy,
Adorei este post, repleto de informações.
Aqui em Teresópolis e mais cidades da Região Serrana do Rio, ano passado, vivemos toda aquela tragédia que até hoje "esconde" corpos de vítimas. Foi demais triste e este ano, em abril, novamente tivemos problemas aqui na cidade com as chuvas. Lembra que te contei, logo após o Gabriel nascer, minha irmã teve a casa completamente alagada e toda a parte de fraldas e roupinhas do Gabriel foi perdida ou suja. Mas à frente de todos que sofrem com as destruições climáticas está Deus que ergue e chama seus filhos à lutarem.
Beijocas amiga!!!

Unknown postou o comentário número:

Oi Josy.. eu acho que a culpa é nossa.. só nossa..
Porque não cuidamos como deveria do maior presente que Deus nos deu...
Destruímos.... de uma forma que nenhum outro animal é capaz de destruir.. e olha que nós é que somos os racionais..
O pior é que nem pensamos o quanto vamos sofrer ainda no futuro... e nosso filhos e netos? O que deixamos pra eles.. que mundo receberão de nossas mãos?

Eu morro de medo de chuvas fortes.. acho que não saberia o que fazer se visse minha casa enchendo de água destruindo tudo...

Adorei sua participação..
Um beijo carinhoso e um domingo mais que lindo viu??
Sheila

RUTE postou o comentário número:

Oi querida,
finalmente consegui ler sua participação inteirinha, mas conforme falei, vim por 2 vezes.
Super útil sua postagem. Já percebi que no Brasil ultimamente tem acontecido com frequência essas enchentes catastroficas. A natureza está se revoltando :(
Terminei agora minhas ressonâncias. Às 00:01 vão para o ar!!!!! Vi seu email. Que bom que já achou solução ;)
Beijinhos.
Rute

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