07 abril 2012

ILHA DE PÁSCOA - UM ALERTA


Entre meio as festividades da Páscoa, escolhi o tema de hoje  na minha participação da Blogagem Coletiva Teia Ambiental, sobre a Ilha de Páscoa.
Conhecido por ter erguido enormes estátuas de pedra, o povo rapanui deixou de existir por que não foi capaz de preservar o lugar em que vivia: A Ilha de Páscoa. Seu legado sombrio nos serve de alerta
A história do colapso ambiental ocorrido, e o consequente declínio da sua civilização mostram como podemos ser nossos maiores inimigos.

O único voo regular até a Ilha de Páscoa costuma chegar ao aeroporto da pequena vila de Hanga Roa à noite. Debaixo de um céu absurdamente estrelado, gente dos 4 cantos do mundo não esconde a ansiedade. Ainda é preciso esperar algumas horas para ficar frente ao maior tesouro do território habitado mais isolado da Terra, os majestosos moais. As 887 estátuas de pedra vulcânia, esculpidas durante séculos pelo povo rapa nui, espalham-se pela ilha e transformam-na em um museu a céu aberto. Infelizmente, elas também são o símbolo maior de uma história trágica de desrespeito ao meio ambiente e exploração desenfreada de recurso naturais. Na verdade, seria mais apropriado chamar o território de 163 quilômetros quadrados de cemitério a céu aberto.
O processo de formação, apogeu e declínio da civilização rapa nui é o mais pungente exemplo de colapso ambiental já documentado



Instalados em um verdadeiro paraíso, os clãs ali estabelecidos passaram a cultuar seus ancestrais, representados na forma dos moais. Até a última árvore as estátuas eram esculpidas aos pés do vulcão Rano Raraku, um dos tres da ilha, e depois transportadas a altares cerimoniais localizados à beira-mar, a dezenas de quilometros de distância. Para tanto, uma técnica especial foi desenvolvida. Deitados, com as costas para baixo, os moais eram rolados sobre troncos de uma palmeira endêmica da ilha em um processo que poderia levar vários dias, e consumir centenas de árvores.


Graças ao furor religioso e à competição entre clãs, mais de mil estátuas foram esculpidas, o que levou à extinção da planta. Esse único fato provocou uma reação em cadeia: sem as árvores, as aves migratórias que faziam parte da dieta dos ilhéus simplesmente sumiram.
Com o fim do suprimento de matéria prima para a construção de canoas, a pesca em águas infestadas por tubarões também foi interrompida. Um quarto dos alimentos de Rapa Nui era consumido no processo de produção e transporte dos moias: atividade que envolviam entre 50 e 500 pessoas de cada vez.

Conforme as palmeiras eram arrancadas, uma série de problemas no solo começou a aparecer. "A terra de cultivo ficou exposta ao sol, ao vento e à chuva", afirma o arqueólogo Claudio Cristino, da Universidade do Chile, um dos maiores estudiosos de Ilha de Páscoa.
O solo sofreu erosão e muitos vilarejos ficaram inabitáveis, pois nada brotava ao seu redor. "Com a destruição dos solos férteis, não é difícil imaginar drásticos períodos de fome em Rapa Nui. Tensões sociais extremas causaram conflitos e a população da ilha, que teria chegado a 15 mil pessoas, começou a diminuir", diz Cristino, autor de 1000 Años en Rapa Nui ("1000 anos em Rapa Nui", sem tradução para o português).



Será que seguiremos o exemplo de Rapa Nui nas próximas décadas? De certa forma, o desenvolvimento de nossa sociedade replica o formato de exploração de recursos naturais aplicado na construção dos moais. Se os ilhéus destruíram seu ecossistema em nome da fé, fazemos o mesmo em favor do progresso. O que muda, no fundo, é apenas a escala de grandeza. Só nos resta tomar atitudes concretas para a preservação de nosso planeta e torcer para que as futuras gerações não conheçam o gosto amargo do fracasso.

Fonte: www.istoe.com.br



Também estamos isolados. Também habitamos uma ilha. Até o presente momento, ainda que estatisticamente improvável devido às imensas dimensões do Cosmo, única em capacidade de suportar a vida. Nosso planeta é uma frágil ilha, perdido num canto escuro de nossa galáxia. E assim como os Pascoenses, ninguém virá nos salvar… de nossa ignorância…de nós mesmos.
É possível que ainda tenhamos alguma chance de manter nosso futuro como espécie, e pelo bem de todas as outras.




19 comentários:

  1. Lugar misterioso envolto em certa magia...adoraria conhecer
    bjs
    juliana

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  2. Olá Josy,
    Lamentavelmente o que aconteceu na Ilha de Páscoa, pode se repetir em outros locais, países.
    O legado que eles nos deixaram não nos está a servir como aprendizado.
    Boa Páscoa, repleta de alegria, paz e renovação, para si e sua família, beijo,
    Vânia

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  3. Não sabia nada disso que vc postou aí, menina! Que interessante e que coincidência, não é?
    A gente que não abra o olho!!!
    Bjsssssssssssssss, quérida!

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  4. Josy minha querida, espero que esteja tudo bem com vc, como sempre ando trabalhando a duplicar kkkkk

    Beijinho grande e Feliz Páscoa

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  5. Querida Josy,
    Adoraria conhecer esse local... Parece muito misterioso e interessante...
    Desejo para você e para sua família uma FELIZ PÁSCOA com ovos recheados somente de coisas boas...
    Grande beijo, Irene

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  6. Oi, Josy!Gostei de ler sobre a história da Ilha da Páscoa, mas ao mesmo tempo fiquei triste e preocupada com o que nos poderá acontecer! Oxalá o ser humano acorde a tempo!
    Aproveito para desejar a você uma Páscoa cheia de muito amor e amizade e também de coisas gostosas!
    Um Beijão, minha querida

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  7. Excelente participação, Josy e, coincidentemente, na minha eu mostro palavras do físico e ambientalista Fritjof Capra que é um defensor fervoroso da sustentabilidade !

    Se não cuidarmos da nossa Terra, para onde iremos quando ela não for mais habitável ?

    Feliz Páscoa para você e família !
    Beijo

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  8. Oi Jô bom dia!
    Olha parabéns pelo tema escolhido muito bem apropriado.É sempre estarmos atentos aos fatos que se passaram para não repertimos aqui neste presente e futuro da qual depende nossas ações.
    É triste ver como o ser humano é egoísta.Gostaria de um dia poder conhecer bem deperto este lugar.
    Nota 10 pra você Josy,aprendi um bucado.
    Beijos da Pri

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  9. Um desejo de paz, alegria e puro amor, que a Páscoa traga para o seu coração, continuando a iluminar todos os dias da sua vida. Feliz Páscoa em família!
    Beijos de luz!

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  10. Querida Josy
    Desejo do coração uma Santa Páscoa para si e sua familia.
    Um grande beijinho
    Maria

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  11. QUERIDA JOSY,
    TENHA UM DOMINGO ABENÇOADO E UMA FELIZ PÁSCOA!
    BJS,
    ANDRÉA ♥

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  12. Olá, querida
    O individualismo reina pelo mundo afora e dentro de nós...
    Uma verdadeira lástima!!!
    Posamos, no dia de hoje, nessa grande festa universal, rendermo-nos à fraternidade que a Teia nos sugere!!!
    Bjm ecológico e pascal

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  13. Olá minha amiga querida!
    Passei pra te desejar uma feliz e abençoada Páscoa!
    Grande beijo, tenha uma semana iluminada!

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  14. Olá Josy querida!
    Feliz Páscoa junto aos seus,
    deixo o meu carinho e Forte Abraço!
    Páscoa Momento de Reflexão...
    Sucesso sempre,muita paz e amor!!!
    Beijos no core e desculpe ausência,
    continuo atarefada amiga!!!
    Bem vinda sempre que puder ok
    Boa noite e descanso!!!

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  15. Parabéns pelo texto!
    Um alerta para o mundo...
    Paz e luz para humanidade
    Façamos uma Reflexão!!!

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  16. Josy, o alerta está dado, infelizmente sempre haverá quem se julgue superior à Mãe Natureza. É pena, mas se ninguem falar, ninguem se preocupar, acabamos por perder o nosso mundo.

    Cuidem do planeta.

    Beijinhos

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  17. Olá Josy, que post legal, é uma alerta para que possamos cuidar bem do ambiente em que vivemos, sobretudo do nosso planeta.
    Ótima semana pra vc, bjsss.
    Si
    www.viveraprendendo.com

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  18. Lindo chamamento! Espero que consigamos resgatar nossa "ilha" antes do sofrimento.

    Muita Luz e Paz
    Abraços

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  19. Estou aplaudindo de pé!
    Querida, creio que esta foi sua melhor participação na Teia até ao momento.
    Desconhecia a Ilha de Páscoa, o desaparecimento dos Rapa Nui, as causas, a erosão do solo, a escassez de comida, o dispendio de energia e recursos na construção de estátuas inuteis.

    Assim me parece que somos nós, gastando energia vital em rotinas inuteis, cultos desnecessários, festas em nome dos Deuses que não são mais que manifestações da nossa futilidade humana.

    Que magnifica reflexão minha amiga. O paralelo entre a civilização Rapa Nui e a civilização atual mundial foi brilhantemente conseguido. Bravo Josy!
    Beijinhos atrasados.
    Só hoje consegui postar para a Teia.
    Rute

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